Indicações terapêuticas:
Baseiam-se nas utilizações tradicionais de cada um dos componentes homeopáticos. Entre elas incluem-se: meteorismo; flatulência; cólicas abdominais; obstipação; olhos secos; vagina seca.
Indicações de cada componente do complexo homeopático:
Alumina – secura das mucosas (olhos, vagina, boca) e pele (sem transpiração); intolerância às batatas (e farináceos) provocando gases; obstipação por inércia rectal: acumulação de fezes no recto que custam a sair, mesmo moles; aversão à carne; cabelos e unhas quebradiças.
Bryonia – sensação de plenitude e de “pedra no estômago”; muita sede; gosto amargo; intolerância a gorduras e a legumes; alívio das dores abdominais pela pressão, agravadas pelo movimento; fezes grossas, secas e duras; mucosas e pele secas, cabelos gordurosos; quando transpira alivia.
Colocynthis – cólicas abdominais que melhoram “dobrando-se”, com calor local, com pressão forte e pela evacuação; agravamento se se irritar.
Lachesis – sensação de bola na garganta, recto (falsos desejos de evacuação) e bexiga; afligem as roupas apertadas na cintura (cintos) e pescoço (golas); hiperactividade, hiperideação; pessoas faladoras e ciumentas; dores que vão do lado esquerdo para o lado direito do corpo; equimoses (“nódoas negras”) espontâneas; sensação de pulsação local (coração a bater, por exemplo nas hemorróidas) onde tenha inflamação; nas mulheres que ainda têm menstruação, pioram quando a têm e melhoram depois de a ter; síndromes pré-menstruais (dismenorreia e mastodinia); hipertensão arterial lábil; pernas pesadas; afrontamentos; pioram com o calor, com o sol e melhora ao anoitecer; apetência pelo álcool.
Lycopodium – dispepsia flatulenta (meteorismo/aerocolia); pirose/refluxo esofágico; muito apetite rapidamente saciado; melhora a actividade hepática, pelo que está indicado na doença hepatobiliar; borborinhos (e até dor) no hipocôndrio esquerdo (acumulação de gases no intestino) podendo provocar palpitações; desejo de doces; intolerância a gorduras, féculas (farináceos) cebola, alho; aftas na ponta da língua;
Mercurius sublimatus corrovisus – tenesmo (falso desejo de evacuar) e fezes com muco, mau cheiro e até sanguinolentas; doença de Crohn; inflamação das mucosas da cavidade orofaríngea, recto, vias génito-urinárias; tenesmo vesical (dificuldade em urinar) ou rectal; língua inchada com saburra branca-amarelada; dores ardentes na faringe e esófago, deglutição muito dolorosa e mau hálito; gengivite, sialorreia (hipersalivação); enterite, colite, com dores ardentes; agrava pelo menor contacto; glomerulonefrite (infecção renal); queratite, irite; suores nocturnos incomodativos; leucorreia infantil; sede insaciável; pálpebras inflamadas.
Nux vomica – dispepsia; tendência para espasmos (ex. refluxo gastro-esofágico), cólon irritável; obstipação, tenesmo e sensação de evacuação insuficiente; desintoxicante de medicamentos alopáticos e excessos (álcool, café, tabaco, condimentos); sonolência pós-prandial; sabor/hálito ácido ou amargo na boca.
Plumbum aceticum – dores intensas e espasmos; obstipação com tenesmo e cólicas; espasmos esofágicos e cãibras no estômago; gastroenterite; melhora dobrado sobre o abdómen; bradicardia, hipertensão diastólica; arterite periférica dos fumadores; tremores sobretudo nas extremidades superiores e dores/nevralgias nas inferiores; mau hálito; perda de memória e confusão mental; insuficiência renal, com proteinúria, oligúria (pouca urina), ureia, creatinina e ácido úrico elevados; agravamento nocturno.
Sulfur – diarreia matinal (5h) irritante (“arde”) e com mau cheiro; mau hálito, pirose, dispepsia, meteorismo, flatulência dolorosa e gases mal cheirosos; encalorados, que põem os pés fora da cama; pioram caracteristicamente às 11h (e com fome), com ingestão de doces e álcool (apesar de lhe apetecer), tendo frequentemente intolerância ao contacto com a lã e à ingestão de carne e/ou leite; orifícios corporais eritematosos (avermelhados), isto é, congestões localizadas (processos inflamatórios; acne e/ou prurido) com sensação de calor; cefaleia de “fim-de-semana”; pálpebras inflamadas.
Composição:
2ml contêm: Alumina D12 0,2ml, Bryonia D4 0,2ml, Colocynthis D4 0,2ml, Lachesis D30 0,2ml, Lycopodium D6 0,2ml, Mercurius sublimatus corrovisus D8 0,2ml, Nux vomica D6 0,2ml, Plumbum aceticum D12 0,2ml, Sulfur D12 0,2ml. Outros componentes: água para injectáveis e cloreto de sódio para isotonizar. Preparado segundo as normas da Farmacopeia Homeopática Alemã.
Dosagem e Administração:
Salvo outra indicação, a dose para adultos é de 1 ampola, 3 a 4 vezes por semana. Para crianças maiores de 12 anos, a dose é de 1 ampola, 2 a 3 vezes por semana e para crianças dos 6 aos 12 anos é de 1 ampola, 1 a 2 vezes por semana.
O conteúdo da ampola deverá ser diluído num pouco de água, que se vai bebendo durante o dia.
Dado que a solução não contém conservantes, as ampolas uma vez abertas devem ser utilizadas de imediato, a fim de garantir a sua esterilidade.
Apresentação:
Caixa de 10 ampolas de 2 ml.
Avisos:
Administrar este medicamento durante a gravidez e aleitamento só após conselho de um profissional de saúde com conhecimento da terapia.
Pode ocorrer salivação exagerada, devendo neste caso interromper-se a administração do preparado.
Pode surgir um agravamento efémero dos sintomas, o qual é, porém, inofensivo.
Não está prevista a utilização deste medicamento em crianças menores de 6 anos.